sábado, 29 de outubro de 2011

"ADIOS MI BUENOS AIRES QUERIDA"

Hoje foi o nosso último dia aqui em Buenos Aires, terra dos homens de cabelos grandes (terríveis), fumantes e amantes de cachorros. Acordamos tarde, pois chegamos ontem as 3h da manhã. Voltamos para variar, mais uma vez na Calle Florida para as ultimas comprinhas e torrar os ultimos pesos.


Depois tentamos ir de carro ao Cemitério da Recoleta para prestar nossas homenagens a Evita Perón. Mas o GPS insistia que para chegar lá seria necessário passar por cima de uma praça que estava cheia de gente e cachorros. Resolvemos então devolver o carro em um local próximo e, quando nos livramos do estorvo, fomos a pé para cemitério.

O Cemitério é imenso, parece uma cidade, com inúmeros jazigos monumentais: quanto mais imponente, mais poderosa é a família. Depois de procurarmos muito, encontramos um monte de gente ao redor de um jazigo. Pelo que o guia dizia, onde tiver muita gente é o da família Duarte, família de Evita. Dito e feito, era exatamente ele. O jazigo é até modesto se comparado com vários outros que são suntuosos no Cemitério da Recoleta.

Em frente ao cemitério, tem ainda uma feirinha de artesanato. Aliás, artesanato foi algo que quase não encontramos aqui em Buenos Aires. Basicamente a que tem é esta. Pena que só a vimos no último dia. 


Depois pegamos um táxi para o Hotel, onde jantamos. E aqui estamos. Às 3h da manhã pegaremos o transfer que contratamos aqui mesmo no hotel para irmos ao aeroporto pegar o nosso vôo para São Paulo e depois rumo a Recife. Toda viagem é boa, mas a volta é sempre melhor.

PS.: Encerramos este blog de viagem por aqui. Em janeiro o reabriremos para narrar as nossas aventuras, agora pela Europa. Ah! Vamos mudar o nome do blog de "dois nordestinos nos states" para "dois loucos pelo mundo". bjs

QUINTO DIA - O SHOW DO AEROSMITH

Como já disse em postagens anteriores, quase não tivemos show na Argentina, o que seria um grande desastre, visto que a viagem surgiu por causa do show. O Steve Tyler, na segunda feira, quando faria um show no Paraguai, levou um tombo no banheiro e caiu de cara no chão quebrando vários dentes. Dizem que foi uma intoxicação alimentar (será?). Cuidado para não se assustarem com a foto ao lado.

O show do Paraguai acabou sendo adiado da segunda para a quarta e o de Buenos Aires que seria na sexta-feira, ocorreu normalmente.

Acordamo, tomamos café e fomos ao aeroporto pegar o carro. Aí vem o primeiro conselho para quem vier a Buenos Aires. Nunca, e digo nunca mesmo, aluguem um carro aqui, tudo é amador. Alugamos o carro pela empresa Alamo. Primeiro, a empresa não trabalha com GPS, simplesmente não tem nenhum para alugar. A sorte é que trouxemos um do Brasil. O carro era um classic com três anos de uso e quase 70 mil km rodados. Uma "fubeca". Para piorar, o isqueiro do carro, onde ligaríamos o GPS para carregar, estava quebrado.

Pegamos a Auto Estrada e fomos direto para La Plata, onde ocorreria o show. Entretanto, no caminho percebemos que a bateria do GPS estava indo embora. Já tinha caído dois pontos só na ida. Sem carregador, fomos obrigados a abortar alguns dos nossos planos de conhecer a cidade de La Plata. A idéia era economizar a bateria do GPS para a volta, que seria de madrugada.

Um dia antes do show compramos um vaga de estacionamento próximo ao estádio para deixarmos o carro. O local ficava a cinco quadras do estádio. Decoramos a rua de entrada: Calle 23.



Por volta das 14h, almoçamos uns sanduíches em um bar "pega bebum" ao lado do estádio e fomos para a fila que já estava quilométrica. Dormimos na grama e as 16h30min foram abertas as portas do estádio. Entramos e iniciamos nossa longa espera de quase cinco horas até o início do show.



O show, por sua vez, foi um espetáculo à parte. Apesar da queda e da idade, o Steve Tyler ainda está com tudo. Fez o povo pular e cantar em uníssino. Simplesmente valeu cada centavo. Se pudesse ia para o de São Paulo também.

O espetáculo terminou a meia noite e então começou o nosso calvário. Ao sair do estádio, tomamos a direção oposta. Começamos a andar na Calle 23 só que do lado oposto do estádio, de forma que andamos mais de cinco quadras na direção contrária, até percebermos o erro. Por sorte, encontramos algumas almas caridosas que nos orientaram para o caminho correto. Tivemos que voltar tudo, arrodiar novamente o estádio para pegar a direção correta. Isso já era quase 1h da manhã.

Pegamos o carro, e tentamos voltar para Buenos Aires com o resto que sobrou da bateria do GPS. O engarrafamento, no entanto estava longo. Ainda desligamos o GPS para tentar poupar a bateria. Eram em torno de 60 km de La Plata para Buenos Aires. Religamos o GPS próximo a BA, foi quando a bateria acabou de vez. Ficamos simplesmente de madrugada (por volta de 2h40min) no meio da Argentina sem GPS e na estrada.



Como Deus é muito bom conosco, de manhã quando estávamos saindo, resolvi pegar o guia que continha os mapas. Quando o GPS apagou de vez, Afra tinha calculado mais ou menos a distância para a saída da autopista mais próxima do hotel. Reconhecemos a rua em que entramos quando viemos no primeiro dia do aeroporto (Av. Jujuly). Abrimos o mapa e retrocedemos à era pré GPS nos localizando pelos impressos. Por fim, após "toramos um aço" chegamos ao hotel. Isso já era 3h da manhã. Comemos batata frita com coca-cola e caimos no sono profundo. Cansados!
 

QUARTO DIA - PARTE 2



À tarde voltamos à Calle Florida para comprar uns casacos de frio. Na volta passamos pela Casa Rosada, pois eu queria tirar foto dela iluminada. Já postei em outras ocasiões que minha decepção ao ver a Casa Rosada foi muito grande, pois de rosa ela não tem nada. Está mais para marrom. Entretanto, à noite, ela recebe uma iluminação rosa choque, ficando belíssima.





Contudo, neste dia estava a maior confusão na frente da Casa Rosada. A Argentina estava completando um ano da morte de Nestor Kirchner. Como se sabe, ele era idolatrado pelo povo daqui. Estava a maior loucura na praça. De um lado vinha uma multidão com faixas escrito: "Nestor vive". De outro vinha uma multidão vestida de preto com faixas de "Nestor morre". E as duas multidões prestes a se encontrarem. Isso tudo, sem contar que tinha muita gente fumando maconha e pichando os muros, com os mesmos dizeres das faixas. Unido a tudo isso, estava a polícia fortemente armada prestes a conter uma possível confusão. A bomba estava prestes a estourar. Batemos as fotos e corremos para o metrô antes que a coisa esquentasse e eles tentassem decidir no braço quem tinha razão (se Nestor vive ou morre).

 
Deixamos as coisas no hotel, tomamos um banho e fomos jantar. Entretanto, como já era bem tarde, tivemos que voltar ao Puerto Madero, onde tem restaurantes que ficam abertos até a madrugada. Aliás o Puerto Madero é extremamente agradável, cheio de restaurantes chiques e mediados. Vale a pena jantar lá. Fomos a um restaurante chamado La Parolaccia. Excelente! Pudemos tomar um vinho e apreciar uma boa comida.











VOLTANDO AO QUARTO DIA

Como passamos dois dias sem postar nada, estamos voltando aos dias anteriores. No quarto dia saimos de manhã para conhecer o bairro La Boca, tradicional reduto boêmio de Buenos Aires. Pegamos o metrô e descemos no Mecado Público de San Telmo (24 quadras antes de começar o bairro La Boca). O mercado é bem interessante (parece Mercado de São José), tem mais de 100 anos e lá se pode encontrar algumas pechinchas, mas nada muito requintado. Depois, andamos muito para chegar no Boca, passando por vários restaurantes interessantes, até chegarmos na "La Bombonera".



Aquo vamos ter que dividir os comentários. 

Primeiro, os de Afra: "A Bombonera é um estadiozinho que só cabe 54 mil pessoas. Não é nenhum Arruda que cabe 80 mil, mas dá para conhecer".


Agora vêm os meus comentários: Os comentários de Afra são uma amostra da pura inveja sobre a paixão Boquense. O estádio é simplesmente lindo. Tem um museu muito legal e uma loja onde se vendem os artigos oficiais do time. Fiquei até com vontade de comprar uma camisa do Boca Junior, mas fiquei com medo de ser linchada no Brasil.


Fizemos um tour guiado pelo estádio. O guia superlegal ia explicando-nos tudo. Afra ainda tentou pegar uma briga com o guia. Quando ele disse que a Bombonera cabia 54 mil pessoas, Afra tentou menosprezá-lo dizendo que o Arruda tinha 80 mil. O guia de pronto respondeu com uma pergunta: "Mas quantas Libertadores seu time ganhou?" Afra, de pronto respondeu: "nenhuma, mas quantos Pernambucanos o Boca ganhou? O meu ganhou 25". Mas acho que o guia não entendeu.


Após o divertido tour guiado, fomos ao El Caminito, reduto histórico do tango, com suas casinhas coloridas e lojinhas de artesanato repletas de turistas.


Almoçamos em um restaurante no Boca e voltamos para o Hotel.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

QUINTO DIA - O SHOW

Hoje fomos ao show do Aerosmith em La Plata, o que foi uma aventura a parte. Mas como chegamos agora (3:00) e estamos um caco, deixaremos para contar os detalhes depois. Entretanto, estamos postando aos nossos familiares, com os quais estamos incomunicáveis (exceto pelo blog) que tudo deu certo e chegamos ao hotel em paz. Ah, e o show foi demais. Aerosmith rocks!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

"Os rumores sobre minha morte foram exagerados..."

A cidade esta tomada por frases como estas acompanha da foto do Nestor Kirchner e outras como a foto ao lado. A Argentina vive um clima de idolatria para o casal Kirchner. Esperamos uma série de homenagem pelas ruas hoje, quando faz exatamente um ano da morte o Nestor.




TERCEIRO DIA

Iniciamos o nosso terceiro dia no famoso Cafe Tortoni, o primeiro café de Buenos Aires fundado em 1856. Pela primeira vez desde que chegamos na Argentina conseguimos tomar um café de verdade. Quem vier aqui não pode deixar de ir. É um belíssimo café, mas vá sempre pela manhã, que é o momento mais calmo. Passamos por lá à noite e a fila rodava no lado de fora.


Depois iniciamos um passeio a pé pela Av. de Mayo, uma das avenidas mais importantes de Buenos Aires que liga a "Plaza de Mayo" a "Plaza de Congreso". A venida é interessante com uma série de construções antigas em pedra e em estilo europeu. A pena é que tudo é um tanto quanto mal conservado. O ponto alto do passeio é o "Congreso Nacional" deles. Se parece muito com o "Captolio" americano.


Depois fomos fomos fazer um passeio pela chique Av. Alvear, repleta de lojas e apartamentos de luxo. É o setor mais nobre de Buenos Aires. Confesso que no primeiro dia de viagem eu estava achando a Argentina muito ruim, pois se parecia muito com o Brasil: sujeira, mendigos etc. Mas agora estamos andando pelos lugares mais chiques e com a arquitetura mais bonita.


Logo em seguida fomos almoçar em um restaurante italiano chamado Broccolino, um restaurante italiano que tenta ambientar o bairro norte americano do Brookin. Interessante e preços razoáveis. Vale a pena conferir. À tarde demos mais uma volta na nossa já conhecida Av. Florida.



Ainda tomamos um susto com o show do Aerosmith, o qual está previsto para amanhã, sexta-feira. Eles tinham um show marcado no Paraguai na segunda-feira, mas o mesmo foi adiado por, segundo as notícias, o Steve Tyler (vocalista) teve uma intoxicação alimentar e  desmaiou e caiu no banheiro, perdendo vários dentes. Deve ser sido droga ou álcool demais. A última notícias que tivemos é de que o show adiado ocorreria na quarta-feira e que repuseram os dentes dele. Espero que sim, pois o principal motivo da viagem era o show. kkkkk

Por fim, aqui tá um frio de matar. O dia tem amanhecido por volta de 10 a 11 graus. À tarde esquenta e sobe para uns 20 graus. De noite a temperatura cai de novo para 10 graus. Uma loucura.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

TANGO!

Corremos como doidos para chegar o tango. Estava dizendo no site que o jantar começava as 20h e o show as 22h. Chegamos faltavam 15 min para as 20h e não tinha absolutamente ninguém. Sentamos fizemos os nossos pedidos e começamos a tomar um vinho. Quando deu 20h em ponto todo mundo começou a chegar de uma vez só. Uma mutidão invadiu o restaurante e lotou. Não sei como foi aquilo.


Tomamos duas garrafas de vinho. Na verdade Afra tomou 1,5 e eu apenas meia. Aliás, a bebida é terrível. Quando o cara está alto, fala muita besteira. Os dançarinos ficam passando de mesa em mesa para tirar fotos com as pessoas (foto acima). O rapaz perguntou se eu não queira tirar foto dançando com ele e eu recusei. Então a mulher perguntou o mesmo a Afra e ele respondeu: "posso não senão depois a minha mulher me mata", disse apontando para mim. Que mico. Todos começaram a rir. O dançarino ainda disse: "então é melhor não".


O álcool subiu tanto a cabeça dele que quando ele foi ao banheiro, em gestos, perguntou ao dono do restaurante para que lado ficava ao toalete. O rapaz muito solícito, pensando que ele era americano perguntou: "do you speak english?" E ele respondeu eu alto e bom português: "meu caro com a quantidade de vinho que eu já tomei hoje, eu falo a língua que você quiser". O rapaz, claro, começou a rir.

Assistimos ao show no Complejo Tango. Muito bom. Para quem for a Argentina, vale a pena conferir.

SEGUNDO DIA

Saimos pela manhã para conhecer a praça dos Tribunais. Passamos pelo Teatro Colón e Cervantes. Na praça tinha uns caras que acho que eram "dog walkers", ou passeadores de cachorros. Cada um tinha pelo menos uns 20 cachorros na coleira. Chegaram na praça e soltaram todos eles. Era uma cachorrada só. Passamos quase 30 min. assistindo o show. Quase que não íamos embora.



Passamos ainda pelo obelisco de Buenos Aires (foto acima) e depois finalmente conseguimos pegar o nosso primeiro metrô. A experiência foi melhor que a primeira. Acho que o horário favorecia mais. Apesar de cheio não estava como no primeiro dia que acabamos trocando o trêm pelo táxi. Fomos até o Shopping Abasto, onde passeamos, almoçamos e pegamos os ingressos para o show o Aerosmith.


À tarde fomos a Av. Santa Fé que alguns guias indicavam como tendo lojas de roupas a bons preços. Bem, na verdade não é bem assim. Acabamos não comprando absolutamente nada, pois os preços são bem semelhantes aos do Brasil. Entretanto, Afra comprou um terno a um bom preço. Paramos também para comprar duas garrafas de vinho. Isso sim tem bons preços por aqui.



À tarde voltamos a Calle Florida, onde compramos mais dois ternos para Afra e um terninho para mim. Uma coisa é certa, tem algumas coisas aqui que são mais baratas, uma delas são os casacos de couro, se comparados aos do Brasil. Isso vale a pena comprar.  Quando estávamos passando pela rua, uma garota nos abordou perguntando se não queríamos assistir a um show de tango. Eu respondi que não, pois já tínhamos comprado. E ela de imediato disse em português: "oxente, vocês são de que parte do Brasil?" Eu respondi: "Pernambuco, Recife". E ela: "Só podia ser. Com esse sotaque só podia ser pernambucana ou baiana. Eu sou de Olinda". Caimos na gargalhada. Encontrar um brasileiro aqui nem é tão difícil, mas de Olinda é demais. Ela veio morar na Argentina porque se apaixonou por um argentino. Com tanto brasileiro por aqui, pode?
 
Voltamos correndo para tomar um banho e nos aprontarmos para o tango.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

PRIMEIRO DIA - PARTE 2

Seguimos pela Cale Florida a pé até a Plaza Gen. San Martin. Essa rua possui uma série de lojas de roupas, com especialidade em couro, para atrair turistas. Ao longo do percurso fomos abordados dezenas de vezes por pessoas querendo nos empurrar pacotes turísticos. Em muitas lojas os vendedores falam português e aceitam Real. Entretanto, Afra sempre tenta se comunicar com eles em espanhol, se passando tranquilamente, sem que ninguém desconfie, por um legítimo argentino. É verdade que ele, as vezes, mistura português, inglês e espanhol na mesma frase, é um samba do crioulo doido. É que ele anda misturando a sua descendência ibérica, americanas e brasileira. Ao pedir o táxi, ele disse: "quero uno taxi 'to' Hotel Luey na Rivadavia".


Conhecemos as Galerias Pacíficos, o maior e único shopping da Cale Florida. Tem três andares, sendo um a praça de alimentação. É minúsculo. Vimos o shopping todo em 30min. Fomos almoçar. Aqui vai a minha indignação. Ainda não consegui uma alimentação descente. O café da manhã no hotel foi péssimo. Tinha apenas um pão duro (dormido, acho que de uma semana) com queijo. Nem suco, nem leite. Só café e água. No almoço, pedimos um prato de carne, mas nos serviram talhos de gordura com pequenos pedaços de carne colados a ela. A carne ainda estava péssima, dura e insosa. E tivemos que comê-la com talheres de plástico, ou seja, impossível. E o pior era o acompanhamento. Só podia escolher uma guarnição: ou arroz, ou purê, ou salada, ou batata frita. Acabamos comendo carne com purê, pois ou era purê ou arroz.


Após o péssimo almoço, seguimos pela Plaza Gen. San Martin vendo várias atrações turísticas até chegarmos a Estação Retiro. Entramos no Caffe Retiro para lancharmos, mas para variar não tinha quase nada. Fiquei novamente com fome. Afra ainda comeu (aliás, ele tem comido MUITO) uma torta de queijo com presunto e uma pepsi. Aqui vai novamente a minha indignação. Afra tem comido demais. No caminho de ida, ainda em Recife, almoçamos no aeroporto, ele comeu muito. Assim, que entramos no avião, ele comeu o meu lanche e o dele (foram dois sanduíches). Quando chegamos ao Rio de Janeiro ele comeu um beirute. Assim que entramos no avião de novo, ele comeu o meu jantar e o dele. Quando chegamos na Argentina ele lanchou de novo no aeroporto (alfajor com coca). Isso só ontem. Sem contar o café da manhã de hoje, o almoço dele e o meu que ele comeu também, e a torta de queijo com presunto. Eu passo fome e ele come o meu e o dele. Por outro lado, eu literalmente, estou passando fome por aqui. Ainda não consegui comer quase nada. Eles só têm gordura, tudo o que eu não posso comer.


O hotel que estamos é um show a parte... de ruim. Não tem arcondicionado, o banheiro é minúsculo e ainda tem bidê. Não sabia nem que isso ainda existia. O café da manhã é péssimo. Não tinha praticamenete nenhuma opção. E estava dizendo no guia que eram três estrelas. Não dou nem uma e meia.

Mas tirando esses inconvenientes, está valendo a pena conhecer um lugar novo. Estamos no hotel descansando um pouco e depois iremos jantar.

PRIMEIRO DIA - "SEU GUARDA EU NÃO SOU VAGABUNDO...

...Eu não sou delinquente, sou um cara carente, eu dormi na praça pensando nela".


 Começamos o dia tentando usar o metrô de Buenos Aires, pensando que estávamos no metrô de Nova York. Compramos os passes com 10 viagens por $ 22.00. Mas se arrependimento matasse... Esperamos pacientemente o nosso trêm. Quando o mesmo chegou parecíamos que estávamos em Hong Kong. Uma turba de pessoas alucinadas partiram para as portas dos vagões que já estavam lotados e começaram a se baterem e se empurrarem para entrar no veículo, tudo na maior violência. O metrô era tão velho que achamos que era o original de 1896, todo de madeira. Teve um oriental que puxou uma menina do metrô para fora a força e entrou empurrando todos. Era um empurra empurra silencioso. Ninguém falava nada, só empurravam. A porta fechou-se e ele ficou com metade da sua roupa para o lado de fora pendurada. Acompanhamos todos os fatos a distância, claro. Pensamos que fosse um acontecimento isolado e aguardamos o próximo metrô. Mas ao que parece não era bem isso. Quando o próximo metrô chegou, a cena se repetiu. Verificamos que isso era o natural, até porque não era horário de pico, eram apenas 10h. Diante disso, resolvemos ir embora desse manicômio e pegar um táxi.

Nosso primeiro destino foi a Plaza de Mayo, para felicitar Cristina Kirchner pela sua vitória, mas o segurança nos informou que ela não poderia nos receber.


A Argentina já pode ter sido um grande país no passado, mas após a crise econômica nos parece que está um pouco decadente. Buenos Aires parece um pouco com Recife: ruas sujas, lixo pelo chão, a arquitetura muito semelhante a nossa, muitos pedintes, pessoas comendo lixo pelas ruas e dormindo pela calçada. Eles ainda possuem alguns prédios de arquitetura européia. Entretanto, estes estão em sua maioria em péssimo estado de conservação. Sempre sujos.

Me recordo que uma das coisas que mais me chamou a atenção na Casa Branca em Washington foi que ela era realmente bem branquinha. Mas na Casa Rosada o que mais me chamou a atenção é que de rosa não tem nada. Está tão suja que está quase marrom.






A CHEGADA - NO AEROPORTO!

Apesar do atraso a nossa viagem foi tranquila. Chegamos na madrugada do dia 23 para o dia 24 no Aeroporto Internacional de Buenos Aires. Ainda no setor de embarque, trocamos alguns Reais por Pesos, mesmo com o cämbio um pouco desfavorável e paramos para comer ainda no aeroporto os famosos alfajores e trocar o dinheiro. Foi aí que fomos assaltados pela primeira vez: pagamos $ 58,00 por dois alfajores, uma coca-cola e uma água. Foi aí também que pagamos o primeiro mico da viagem. Afra pegou a coca e sentou-se à mesa. Quando vi, Afra tinha colocado a coca no copo que estava em cima da mesa de mostruário. Devia estar sujo demais, sabe-se lá quanto tempo estava na mesa. Era tão velho que estava furado. A coca começou a escorrer pela mesa.. hehehe.. esse foi o nosso primeiro mico, o que já é padrão em nossas viagens.

No aeroporto, ainda, descobrimos que o nosso celular não faz chamada internacional, apesar de termos habilitado do chip para tanto. O problema é que o meu ching ling não coloca o sinal de mais (+) nas ligações, o que nos impede de ligar para o Brasil.

Nosso segundo assalto foi no táxi. Nos cobraram $ 180,00 para o Hotel. O taxista foi o caminho todo a 140 km/h. Corria como um desgraçado. 

Mas enfim chegamos em paz no hotel. Nossas reservas feitas pela decolar.com estavam mais uma vez perfeitas.

domingo, 23 de outubro de 2011

Chegada!

Oi pessoal, chegamos em paz e sem nenhum contratempo. Entretanto, o celular não está funcionando aqui. Por isso não conseguimos avisar a nossa chegada. Mas estamos bem. Aliás, estamos recebendo os sms (mensagens), só não conseguimos enviá-los. Vamos tentar resolver o problema do celular amanhã. Mas qualquer coisa manteremos contato pelo blog. Postem alguma coisa para a gente saber se vocês viram o nosso recado. bjs

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

ATRASADOS!


Para variar, como sempre fazemos, estamos a dois dias e meio da viagem, mas ainda não fizemos absolutamente nada. Estamos trabalhando como doidos para deixar tudo em dia (isso em relação ao nosso trabalho), mas da viagem, nem as malas conseguimos arrumar. Aliás, não sabemos sequer o que levar, pois não temos a mínima idéia da temperatura atual em Buenos Aires (às vezes está 22º C as vezes 12º C).

O vulcão Puyehue andou nos assustando e cancelando alguns vôos para a Argentina. Mas parece que agora deu uma acalmada. Espero que não tenhamos nenhum imprevisto, pois estamos precisando realmente descansar. Essa semana de descanso será providencial.

Mas enfim, deixamos como sempre tudo para última hora. Mas no final sempre dá tudo certo. Vamos torcer para dessa vez não ser diferente. Até a viagem!

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Argentina lá vamos nós..

Ola Pessoal,

O blog estava meio parado, possivelmente em razão do fato de ser um blog de viagem e não ter tido nenhuma viagem neste período para relatar. Entretanto, agora o blog será reativado para narrar as viagens dos dois nordestinos para a Argentina, entre 23/10/11 e 30/10/11 e para a Europa entre os dias 01/01/12 e 23/01/12. Aguardem mais novidades.
P.S.: Mesmo sabendo que a Argentina e a Europa não são os "States", resolvemos manter o nome do blog, que já se tornou conhecido.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

DOWNING THE BARRACK (DESCENDO O BARRACO)


Ontem saimos de manhã cedo para tomarmos café, tirar uma foto de Afra com a bandeira do Santa Cruz no letreiro de Hollywood  e, por fim, comprarmos uma camisa que eu queria. Tudo dentro do planejado. Saímos para entregar o carro por volta das 10:30 e encontramos o local de devolução rapidamente com um pequeno auxílio de Raquel (a moça do GPS). Pegamos o "shuttle" e seguimos para o aeroporto de Los Angeles.

Felizes da vida após a nossa viagem bem sucedida, entramos na fila da "Continental" (a empresa aérea do vôo internacional). Foi então que começou a nossa saga do retorno (que ainda está em andamento). Quando chegamos no  "check in" fomos informados de que as nossas passagens haviam sido canceladas. Eu disse: "Como assim canceladas? Nós fizemos a reserva e pagamos com seis meses de antecedência" (em inglês). E então veio a explicação. Segundo a moça, o último registro de vôo que nós pegamos nos EUA foi de Nova York para San Francisco. Como não havia registro de vôo de San Francisco para Los Angeles, eles partiram do pressuposto de que nós havíamos desistido de voltar para o Brasil e por isso tinham vendido os nossos assentos para outras pessoas. Absurdo!!! Foi então que nós começamos a "descer o barraco" ("downing the barrack") eu em inglês e Afra em português. A cada frase que a mulher falava Afra me perguntava alterado:  "o que esta safada está dizendo??" e eu traduzia enquanto ele começava a xingá-la novamente de incompetente e irresponsável, em português. Precisei me alterar também para ver se conseguíamos algo. Fiz algumas traduções do xingamento de Afra para o inglês, mas só a parte que dava. Tinham alguns xingamentos que eram mais pesados e esses eu preferi não traduzir. No final das contas ela disse que estava tudo certo e que iríamos embarcar para Houston e faríamos a conexão normalmente para o Rio de Janeiro, conforme planejado.

Chegamos em Houston as 20:00, fomos para o guichê da conexão e esperávamos normalmente a entrada quando ouvimos a moça da "Continental" anunciar no alto-falante de forma arrastada os nossos nomes. Quando fomos falar com a "safada", ela nos disse que não tinha vaga no avião para nós. Pediu que nós esperássemos até o último passageiro entrar para ver se havia alguma desistência, o que não ocorreu. Estávamos preocupados com as malas. Ela nos disse que não havia com o que nos preocuparmos, pois elas seriam retirada do avião. Frisei várias vezes que eram quatro malas e ela só falava: "ohhhhh, ok". Como não houve desistência nos mandaram buscar as malas que supostamente tinham sido retiradas do avião para depois pegarmos um "shuttle" para o hotel. O problema é que das cinco malas que tiraram do avião, apenas três eram nossas e as outras duas eram de uma senhora que tinha o mesmo sobrenome que o meu e embarcou e que provavelmente teve o desprazer de chegar no Brasil sem as suas malas, ao passo que uma das nossas quatro malas seguiu para o Rio e deve estar até o presente momento rodando pela esteira. Tentei dar uma queixa, mas a moça da "Continental" me disse que só posso fazer isso depois de chegar no Brasil e não encontrar a minha mala.

Depois iniciou-se a saga do "Shuttle". Levamos quase 40 min para encontrarmos este "shuttle" que é uma espécie de "tranfer" para o hotel. O problema é tínhamos que ligar para o hotel e pedirmos este "transfer". Por sorte, uma alma caridosa que fazia o traslado de outro hotel fez a ligação para nós. Pegamos o "shuttle" e fomos a um hotel próximo ao aeroporto.

Quando ainda estávamos no aeroporto pedi acesso a internet e ligação internacional, o que não conseguimos. Fora isso, ela nos deu uma espécie de vale alimentação ($ 6,00 para o café da manhã, $ 12,00 para o almoço e $ 8,00 para o jantar). Dos $ 52,00 dados no total, $ 34,00 foram gastos só no jantar, pois chegamos de madrugada no Hotel e não tinhamos nenhuma outra opção de comida senão o restaurante do hotel, cujo prato mais barato custava 12,95. Hoje no almoço tentamos usar os "tickets" que a "Continental" nos garantiu que eram aceitos em todos os estabelecimentos do aeroporto, mas ninguém aceitou. Tivemos que pagar do próprio bolso. Isso está nos cheirando a indenização.

Dormimos pouquíssimo no hotel a nos levantamos as 07:00 da manhá para tomar café e irmos para o aeroporto. Pegamos um vôo pela American Airlines para Miami, onde ainda estamos. Chegamos aqui a 13:20 e só vamos embarcar novamente de 20:05. Iremos para o RJ de TAM, mas quando estávamos na fila fomos informados de que a TAM estava com um "overbooking" de mais 10 pessoas e haviam outras 15 pessoas que compraram passagens mais baratas sem garantia de vôo esperando para embarcar. Conseguimos fazer o "check in" estamos aqui na espera de que tudo dê certo ao final. Espero que a próxima postagem já seja no Rio.


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

ÚLTIMAS COMPRINHAS

Aqui nos EUA acabamos aprendendo algumas coisas como, por exemplo, que refrigerante "flat" é sem gás ou choca, que "xing" é faixa de pedestre e hoje descobrimos mais uma: que "spicy" é apimentado, picante. Hoje fomos almoçar em um restaurante japonês e pedimos de entrada um prato chamado cérebro de macaco ("monkey brain"), cujo aspécto realmente faz jus ao nome. Porém, nos ingredientes, além de cogumelo e ovo, tinha um tal de "spicy tuna", que eu deduzi de imediato, pelo aspécto, que era ova de "tuna" (atum). No entanto, quando começamos a comer era EXTREMAMENTE picante. Afra acha que a cozinha japonesa daqui é fortemente influenciada pela cozinha mexicana. Era insuportável o ardor. Até Afra que gosta de pimenta reclamou. Portanto, hoje aprendemos mais uma: que "spice" não é ova, e sim apimentado.

Hoje passeamos pela "Little Tokio" que em nossa concepção deixou um pouco a desejar. É um bairro agradável, porém sem nenhum ponto turístico, um bairro como outro qualquer. Não chega nem aos pés da Japantown de San Francisco.

Depois fomos passear no calçadão de Vinice Beach, onde coloquei meus institos atléticos em dia.

Falando um pouco do trânsito de Los Angeles, aqui tudo é um caos. O que tem de cruzamento com 5 ou 6 faixas sem sinal de trânsito é uma loucura. É carro virando para tudo quanto é lado, sem qualquer organização. Tem um sistema de curvas para a esquerda, que logo foi apelidado por nós de "curva filha da p...", que é na base do salve-se quem puder. Inclusive avançando o sinal vermelho. No começo ficamos com medo, mas todo mundo fazia o mesmo. Na maioria dos casos, se não passarmos no sinal vermelho, não há outro momento para passar e os carros ainda ficam buzinando atrás. Em resumo: é tudo caótico. Não tem um guarda de trânsito nas ruas e ninguém obedece à nada, nem limite de velocidade, nem semáforo, nem faixa de pedestre. Lembra muito o trânsito do Brasil.

Entretanto, tudo aqui é muito distante. Quando você diz "vou ali" é praticamente 40 ou 50 km. E pelo que percebemos o sistema de transporte coletivo deixa muito a desejar. Pouco vimos ônibus por aqui. O metrô tem rodas e anda pelas ruas, enfrentando o caos e o engarrafamento. A única solução são as freeways e as highways que cortam a cidade de um lado a outro, mas que no horário de "rush" é uma loucura. Hoje ficamos horas parados em engarrafamentos, aliás hoje passamos mais tempo no trânsito do que em qualquer outro lugar. Quem não muita segurança de dirigir fora do país deve evitar Los Angeles.

Para fecharmos o dia fomos a Barne & Noble comprar o presente de aniversário de Afra. Ela fica dentro de um Shopping Center fabuloso, coisa de outro mundo mesmo. O shopping fica ao redor de uma espécie de praça super hiper agradável com lojas chiquérrimas de uma arquitetura formidável. Cada loja tem cerca de 3 a 4 andares. Só a Barne & Noble tinha 3 andares e era tudo imenso. Ficamos admirados com a grandiosidade do negócio.

Por fim, vamos contar a saga das malas. Como hoje era o último dia, fomos fazer umas comprinhas complementares. O problema é que acho que compramos coisas além do que podia caber nas malas. Por isso, além das duas malas que trouxemos e da bolsa de nailon que compramos em Nova York, tivemos que comprar mais uma bolsa aqui. De noite, fomos tirar tudo das caixas e distribuir as coisas pelas malas e bolsas. A ultima, foi preciso que eu sentasse em cima de um lado e afra sentasse em cima do outro para tantarmos fechá-la. Ainda vamos vestidos com duas camisas, um casaco e levando outro na mão para economizarmos as espaço nas malas. Vamos chegar pingando de suor no Rio de Janeiro, todos empacotados com um calor de 40 graus. Acho que vai ficar meio esquisito, mas vai ter que ser assim, ou então teremos que pagar por mais uma mala excedente. Hehehe.

Amanhã de manhã iremos pegar o vôo para o Rio de Janeiro, mas só chegaremos na sexta-feira pela manhã quando faremos novas postagens. Espero que tenha um taxi que caiba todas as malas. Hehehe..

Bjs e abraços a todos.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

"RODEO DRIVE, BABY"

Hoje, mais uma vez, saímos atrasados do hotel e fomos tomar café da Village  Hollywood Cafena Beachwood Blvd. Dizem que é desta rua que se tem a melhor visão do famoso letreiro de Hollywood. Desta vez, com o dia claro, tiramos a famosa foto. O café da manhã foi "guaribado". No prato veio omelete com algo não identificado de batata, pães com geléia e suco de laranja. 
 
Bem alimentados fomos para a também famosa Hollywood Blvd. Lá é a maior "muvuca". Passamos pela calçada da fama, onde tiramos fotos com alguns famosos (na verdade, foi apenas com as inscrições da calçada), pelo Mann`s Chinese Theatre, onde no chão tem algumas assinaturas, pés e mãos de famosos e pelo Kodak Theatre, onde é apresentado o Oscar. Nessa rua tem um bando de pessoas vestidas de personagens de tv para você tirar foto. Um Michael Mayers do Halloween me chamou e eu não pude resistir à faca ensanguentada dele. Depois chamou Afra e quando acabamos de tirar a foto ele virou a faca para nós, onde tinha escrito que ele fazia aquilo por gorjetas. Em outras palavras, estava cobrando pela foto. Bem, com um pedido desse inscrito numa faca toda suja de sangue, quem vai resistir? Hehehehe.

De lá fomos, finalmente, na Toy R Us, comprar o presente do mais lindo e maravilhosos sobrinho que eu já tive em toda a minha vida. Lucas, acho que você vai adorar. Bjão.

Fizemos mais umas comprinhas na Best Buy e finalmente: a tão famosa Rodeo Drive. Lembro que essa rua me marcou na adolescência quando eu assisti ao filme "Uma linda mulher", com Richard Gere e Julia Roberts. Tem uma cena em que ele dá o cartão de crédito para ela (que é uma prostituta) para que ela compre uma roupa descente. Ela liga para uma amiga e pergunta onde comprar roupa boa, de qualidade e cara. E a amiga responde: "Rodeo Drive, baby".

Amanhã é o nosso último dia aqui em LA e nos EUA. A viagem está chegando ao fim.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

HOLLYWOOD

Saímos de San Luis Obispo tarde, só para variar. Também não adianta sair muito cedo pois o "check in" dos hotéis aqui nos EUA só começa as 15:00. Não dá para chegar e ficar perambulando nas ruas com as malas no carro. A única coisa que prestou aqui em San Luis Obispo foi o hotel que é super gracioso. O café da manhã também não deixa a desejar. Tinha ceral, leite, suco, frutas variadas, muffin, tortinhas de diversos sabores, pão, ovo, bacon, omelete, panquecas, iogurte e até refrigerante. Por incrível que pareça tinha gente tomando coca-cola no café da manhã. Teve uma que passou com um prato de bacon, batata frita e coca-cola. Pode? Não sei como esse povo chega aos 30 anos.

Pegamos a estrada novamente as 9:30 rumo à Los Angeles, com algumas paradas. Dessa vez eu fui dirigindo a Jeep Grand Cherokee. É verdade que após vários ajustes no banco fiquei no limite dos pedais. Mais um pouquinho e eu não os alcançava. Bob, se você quiser já pode comprar a sua Cherokee que acho que seus pés chegarão lá. Hehehe.

 Nossa primeira parada na estrada foi em Santa Barbara, onde almoçamos. Dentro da cidade é bastante complicado de se dirigir. Tivemos sérios problemas para estacionar por falta de vagas. Por isso, acabamos almoçando na boa e velha McDonald`s onde encontramos estacionamento mais próximo (apesar de comermos muito na McDonald`s eu normalmente peço uma "Cesar Salad" para ser mais saudável).

Depois de uma volta pela cidade, pegamos novamente a estrada desta vez rumo a Malibu. Essa sim é interessante. Cheio de mansões por todos os lados e carros BMW e Ferrari circulando, a maioria conversível. A praia em si estava vazia, provavelmente porque é inverno e a temperatura ainda está baixa para pegar sol. Quando saimos de manhã de San Luis Obispo estava 8 C e à tarde em Malibu estava 15 C. Tirei a tão esperada foto naquelas casinhas de salva vidas que ficam na praia. Me lembrei da minha adolescência em que eu assistia o seriado SOS Malibu na tv.

Depois seguimos para Santa Mônica e, por fim, Los Angeles. Peguei meu primeiro engarrafamento em LA. Foi um inferno. Passamos quase 40 min. nos arrastando pela pista com o tráfego extremamente lento. Parecia até o Brasil. Por fim, encontramos o nosso Hotel. A princípio pensamos que era uma porcaria porque na frente estava cheio de tapumes de madeira. Mas na verdade é uma obra que eles estão fazendo. O quarto é bastante simpático com motivos "hollywoodianos", de artistas famosos. Daqui de perto do hotel dá para ver o letreiro de Hollywood. Não tiramos foto porque já estava meio escuro. Amanhã com certeza ela estará no blog.

Vamos indo que amanhã o dia será cheio. bjs

domingo, 23 de janeiro de 2011

DOIS NORDESTINOS EM SAN LUIS OBISPO



Hoje tentamos acordar cedo, mas mais uma vez só conseguimos sair do hotel por volta de 9:30. O café da manhã servido pelo Carmel Lodge foi todo industrializado: cereal, leite, aveia e iogurte, tudo  na caixinha, de natural só tinha o suco de laranja podre (horrível o gosto). Reforçamos a alimentação e na saída, só para variar um pouco, encontramos mais um grupo de brasileiros que estavam de saída para Santa Bárbara.

Pegamos a Jeep Grand Cherokee (agora vou mencionar o nome completo dela, para fazer valer a pena) e partimos pela CA 1/Cabrillo Hwy rumo a San Luis Obispo.

O trajeto é maravilhoso e as paisagens são fascinantes, de tirar o fôlego, como vocês poderão ver nas fotos. Entretanto, para aqueles que não têm muita experiência na estrada, é um caminho extremamente perigosos, formado de montanhas de um lado e penhasco do outro. É uma estrada bastante sinuosa e de mão dupla e na maioria dos trechos sem as grades de proteção. Segundo Afra parecia uma montanha russa.

Paramos para comer na descida da montanha já no condado de San Luis Obispo, mas ainda há uns 70 km da cidade. Paramos em um daqueles motéis na beira da estrada. Quando ainda estávamos decidindo o que comer chegou um bando de motoqueiros estilo Hell`s Angels, bem uns 20, todos vestidos de preto com jaquetas de couro com o emblema do bando, que para variar era caveira. O grupo sentou-se nas mesas e começou a gritar e gargalhar bem alto. Confesso que fiquei com medo. Deixamos que eles fizessem o pedido primeiro e ficamos aguardando todos saírem para fazermos o nosso pedido. Mas, segundo Afra, debaixo daquela jaqueta de couro também bate um coração, pois após o almoço todos foram ao final do desfiladeiro, em conjunto, apreciar a paisagem.

O almoço estava péssimo. Pedimos o tradicional "fried chicken" americano. Veio praticamente um frango inteiro frito com um óleo que já devia estar ali por pelo menos uma semana. Nem Afra conseguiu comer tudo. Acabei almoçando um salgadinho com coca-cola e uma barrinha de cereal.

No restante do percurso, nos deparamos com alguns mirantes que estavam uma verdadeira muvuca, cheio de carros e de pessoas paradas tirando fotos. Quando olhamos a areia da praia estava repleto de elefantes marinhos dormindo no sol. Era tanto que nem dava para ver o chão. Como perdemos esta parada, paramos em outra mais à frente, onde encontramos outro grupo, porém bem menos numeroso que o anterior. Tivemos uma séria discussão a respeito da espécie. Eu dizia que era peixe-boi (hehehe) e ele dizia que era leão marinho. Mas nossa dúvida perdurou pouco até vermos a placa. Ao final, não era nem peixe-boi nem leão marinho e sim elefante marinho. Também, com um corpinho daqueles o nome veio bem a acalhar.

Chegamos em San Luis Obispo por volta das 16:00. A cidade não é bem o que pensamos. É grande e distante do mar, ao contrário de Carmel, que era pequena e graciosa e na beira da praia. Procuramos por algum ponto turistico, mas o mais "interessante" era o chamado "Bubblegum Alley", vulgo "Beco do Chiclete". Trata-se de um beco onde as pessoas grudam seus chicletes nas paredes. Dizem que o cheiro é horrível e a última vez que ele foi limpo foi há 40 anos. Dizem ainda que a tradição é dar uma lambida no muro dos chilcletes (que nojo!!!). Por fim, ainda tinha na resenha que o beco é muito utilizado por pessoas para usar drogas ou fazer suas necessidades fisiológicas (número 1 e 2) e que muitos acabam vomitando nas paredes. E ainda tem gente que lambe. Eca!!!! Bem, com essas informações todas preferimos não visitar este ponto turísticos tão famoso. Acabamos em mais um fast food (aqui tem aos montes).

Amanhã pegaremos mais 300 km para Los Angeles, novamente em busca da civilização e almoçaremos em Santa Barbara.