Aqui nos EUA acabamos aprendendo algumas coisas como, por exemplo, que refrigerante "flat" é sem gás ou choca, que "xing" é faixa de pedestre e hoje descobrimos mais uma: que "spicy" é apimentado, picante. Hoje fomos almoçar em um restaurante japonês e pedimos de entrada um prato chamado cérebro de macaco ("monkey brain"), cujo aspécto realmente faz jus ao nome. Porém, nos ingredientes, além de cogumelo e ovo, tinha um tal de "spicy tuna", que eu deduzi de imediato, pelo aspécto, que era ova de "tuna" (atum). No entanto, quando começamos a comer era EXTREMAMENTE picante. Afra acha que a cozinha japonesa daqui é fortemente influenciada pela cozinha mexicana. Era insuportável o ardor. Até Afra que gosta de pimenta reclamou. Portanto, hoje aprendemos mais uma: que "spice" não é ova, e sim apimentado.
Hoje passeamos pela "Little Tokio" que em nossa concepção deixou um pouco a desejar. É um bairro agradável, porém sem nenhum ponto turístico, um bairro como outro qualquer. Não chega nem aos pés da Japantown de San Francisco.
Depois fomos passear no calçadão de Vinice Beach, onde coloquei meus institos atléticos em dia.
Falando um pouco do trânsito de Los Angeles, aqui tudo é um caos. O que tem de cruzamento com 5 ou 6 faixas sem sinal de trânsito é uma loucura. É carro virando para tudo quanto é lado, sem qualquer organização. Tem um sistema de curvas para a esquerda, que logo foi apelidado por nós de "curva filha da p...", que é na base do salve-se quem puder. Inclusive avançando o sinal vermelho. No começo ficamos com medo, mas todo mundo fazia o mesmo. Na maioria dos casos, se não passarmos no sinal vermelho, não há outro momento para passar e os carros ainda ficam buzinando atrás. Em resumo: é tudo caótico. Não tem um guarda de trânsito nas ruas e ninguém obedece à nada, nem limite de velocidade, nem semáforo, nem faixa de pedestre. Lembra muito o trânsito do Brasil.
Entretanto, tudo aqui é muito distante. Quando você diz "vou ali" é praticamente 40 ou 50 km. E pelo que percebemos o sistema de transporte coletivo deixa muito a desejar. Pouco vimos ônibus por aqui. O metrô tem rodas e anda pelas ruas, enfrentando o caos e o engarrafamento. A única solução são as freeways e as highways que cortam a cidade de um lado a outro, mas que no horário de "rush" é uma loucura. Hoje ficamos horas parados em engarrafamentos, aliás hoje passamos mais tempo no trânsito do que em qualquer outro lugar. Quem não muita segurança de dirigir fora do país deve evitar Los Angeles.
Para fecharmos o dia fomos a Barne & Noble comprar o presente de aniversário de Afra. Ela fica dentro de um Shopping Center fabuloso, coisa de outro mundo mesmo. O shopping fica ao redor de uma espécie de praça super hiper agradável com lojas chiquérrimas de uma arquitetura formidável. Cada loja tem cerca de 3 a 4 andares. Só a Barne & Noble tinha 3 andares e era tudo imenso. Ficamos admirados com a grandiosidade do negócio.
Por fim, vamos contar a saga das malas. Como hoje era o último dia, fomos fazer umas comprinhas complementares. O problema é que acho que compramos coisas além do que podia caber nas malas. Por isso, além das duas malas que trouxemos e da bolsa de nailon que compramos em Nova York, tivemos que comprar mais uma bolsa aqui. De noite, fomos tirar tudo das caixas e distribuir as coisas pelas malas e bolsas. A ultima, foi preciso que eu sentasse em cima de um lado e afra sentasse em cima do outro para tantarmos fechá-la. Ainda vamos vestidos com duas camisas, um casaco e levando outro na mão para economizarmos as espaço nas malas. Vamos chegar pingando de suor no Rio de Janeiro, todos empacotados com um calor de 40 graus. Acho que vai ficar meio esquisito, mas vai ter que ser assim, ou então teremos que pagar por mais uma mala excedente. Hehehe.
Amanhã de manhã iremos pegar o vôo para o Rio de Janeiro, mas só chegaremos na sexta-feira pela manhã quando faremos novas postagens. Espero que tenha um taxi que caiba todas as malas. Hehehe..
Bjs e abraços a todos.