Ontem saimos de manhã cedo para tomarmos café, tirar uma foto de Afra com a bandeira do Santa Cruz no letreiro de Hollywood e, por fim, comprarmos uma camisa que eu queria. Tudo dentro do planejado. Saímos para entregar o carro por volta das 10:30 e encontramos o local de devolução rapidamente com um pequeno auxílio de Raquel (a moça do GPS). Pegamos o "shuttle" e seguimos para o aeroporto de Los Angeles.
Felizes da vida após a nossa viagem bem sucedida, entramos na fila da "Continental" (a empresa aérea do vôo internacional). Foi então que começou a nossa saga do retorno (que ainda está em andamento). Quando chegamos no "check in" fomos informados de que as nossas passagens haviam sido canceladas. Eu disse: "Como assim canceladas? Nós fizemos a reserva e pagamos com seis meses de antecedência" (em inglês). E então veio a explicação. Segundo a moça, o último registro de vôo que nós pegamos nos EUA foi de Nova York para San Francisco. Como não havia registro de vôo de San Francisco para Los Angeles, eles partiram do pressuposto de que nós havíamos desistido de voltar para o Brasil e por isso tinham vendido os nossos assentos para outras pessoas. Absurdo!!! Foi então que nós começamos a "descer o barraco" ("downing the barrack") eu em inglês e Afra em português. A cada frase que a mulher falava Afra me perguntava alterado: "o que esta safada está dizendo??" e eu traduzia enquanto ele começava a xingá-la novamente de incompetente e irresponsável, em português. Precisei me alterar também para ver se conseguíamos algo. Fiz algumas traduções do xingamento de Afra para o inglês, mas só a parte que dava. Tinham alguns xingamentos que eram mais pesados e esses eu preferi não traduzir. No final das contas ela disse que estava tudo certo e que iríamos embarcar para Houston e faríamos a conexão normalmente para o Rio de Janeiro, conforme planejado.
Chegamos em Houston as 20:00, fomos para o guichê da conexão e esperávamos normalmente a entrada quando ouvimos a moça da "Continental" anunciar no alto-falante de forma arrastada os nossos nomes. Quando fomos falar com a "safada", ela nos disse que não tinha vaga no avião para nós. Pediu que nós esperássemos até o último passageiro entrar para ver se havia alguma desistência, o que não ocorreu. Estávamos preocupados com as malas. Ela nos disse que não havia com o que nos preocuparmos, pois elas seriam retirada do avião. Frisei várias vezes que eram quatro malas e ela só falava: "ohhhhh, ok". Como não houve desistência nos mandaram buscar as malas que supostamente tinham sido retiradas do avião para depois pegarmos um "shuttle" para o hotel. O problema é que das cinco malas que tiraram do avião, apenas três eram nossas e as outras duas eram de uma senhora que tinha o mesmo sobrenome que o meu e embarcou e que provavelmente teve o desprazer de chegar no Brasil sem as suas malas, ao passo que uma das nossas quatro malas seguiu para o Rio e deve estar até o presente momento rodando pela esteira. Tentei dar uma queixa, mas a moça da "Continental" me disse que só posso fazer isso depois de chegar no Brasil e não encontrar a minha mala.
Depois iniciou-se a saga do "Shuttle". Levamos quase 40 min para encontrarmos este "shuttle" que é uma espécie de "tranfer" para o hotel. O problema é tínhamos que ligar para o hotel e pedirmos este "transfer". Por sorte, uma alma caridosa que fazia o traslado de outro hotel fez a ligação para nós. Pegamos o "shuttle" e fomos a um hotel próximo ao aeroporto.
Quando ainda estávamos no aeroporto pedi acesso a internet e ligação internacional, o que não conseguimos. Fora isso, ela nos deu uma espécie de vale alimentação ($ 6,00 para o café da manhã, $ 12,00 para o almoço e $ 8,00 para o jantar). Dos $ 52,00 dados no total, $ 34,00 foram gastos só no jantar, pois chegamos de madrugada no Hotel e não tinhamos nenhuma outra opção de comida senão o restaurante do hotel, cujo prato mais barato custava 12,95. Hoje no almoço tentamos usar os "tickets" que a "Continental" nos garantiu que eram aceitos em todos os estabelecimentos do aeroporto, mas ninguém aceitou. Tivemos que pagar do próprio bolso. Isso está nos cheirando a indenização.
Dormimos pouquíssimo no hotel a nos levantamos as 07:00 da manhá para tomar café e irmos para o aeroporto. Pegamos um vôo pela American Airlines para Miami, onde ainda estamos. Chegamos aqui a 13:20 e só vamos embarcar novamente de 20:05. Iremos para o RJ de TAM, mas quando estávamos na fila fomos informados de que a TAM estava com um "overbooking" de mais 10 pessoas e haviam outras 15 pessoas que compraram passagens mais baratas sem garantia de vôo esperando para embarcar. Conseguimos fazer o "check in" estamos aqui na espera de que tudo dê certo ao final. Espero que a próxima postagem já seja no Rio.